quarta-feira, 18 de agosto de 2010

causas da expansao maritima

  1. EXPANSÃO MARÍTIMA COMERCIAL EUROPÉIA Desde cedo aprendemos em casa ou na escola que o Brasil foi descoberto em 22 de Abril de 1500 por navegadores portugueses comandados por Pedro Alvares Cabral. Mais do que os ventos que empurravam as caravelas para o além mar, a mola propulsora ( causas) da expansão marítima européia dos séculos XV e XVI foi:

· a necessidade de romper o limites do comércio europeu e expandir mercados para aumentar os lucros. Na Baixa Idade Média a Europa atravessava um conjunto de transformações. O sistema feudal, até então vigente, começava a se desagregar em particular a partir das Cruzadas1. No final das Cruzadas o comércio cresceu entre o Oriente e o Ocidente, através do Mediterrâneo, de produtos cobiçados como sedas, porcelanas e especiarias em geral, principalmente as que vinham das Índias.

· No século XV, as cidades italianas mantinham um rígido monopólio sobre as rotas comerciais do Mediterrâneo Oriental. O monopólio encarecia os produtos orientais e acirrava as disputas entre burguesia européia, impulsionando países como Portugal e Espanha a buscarem um caminho marítimo alternativo para as Índias.

· Além disso, o crescimento da necessidade de ouro e prata para a cunhagem de moedas e a revitalização do comércio europeu, levou a que se buscasse também os metais preciosos em outras terras. Finalmente, havia ainda toda a atração exercida pelo imaginário então, o fascínio pelas Índias, pelos mundos desconhecidos, e o espírito de aventura de vencer os desafios dos mares tenebrosos.

· A expansão marítima comercial foi facilitada por um conjunto de fatores entre eles: 1 As cruzadas foram expedições militares que procuraram, até certo ponto, solucionar as crises nas quais estava mergulhada a sociedade feudal.

· A necessidade de ampliar o comércio • desejo de poder das então recém formadas monarquias nacionais • A cobiça das burguesia sedenta de lucros • Os progressos técnicos na arte da navegação Em relação ao desenvolvimento científico, os navegadores italianos já desenhavam mapas, de âmbito limitado, com grande exatidão. Baseados na Teoria de Ptolomeu sobre a esfericidade da Terra, os geógrafos haviam feito grandes avanços nas representações terrestres, garantindo viagens mais distantes. Paralelamente, instrumentos foram sendo criados e adaptados de outros povos como a bússola, o astrolábio, etc.

· Outro fator fundamental foi a formação dos Estados Nacionais Modernos, nascidos a partir da aliança entre o rei e a burguesia na Baixa Idade Média que possibilitou a centralização do poder político beneficiando a burguesia. O pioneirismo português: Portugal foi o pioneiro na expansão marítima comercial pois reunia as condições objetivas para o desenvolvimento de tal empresa. Em 711 a Península Ibérica foi conquistada pelos árabes que ali permaneceram até 1492. Iniciou-se a Guerra da Reconquista travada pelos reinos cristãos do norte contra os invasores do sul. A longa guerra permitiu a unificação do território bem como a centralização do poder político pois com a necessidade de agrupar os reinos cristãos em torno de chefes militares que passaram a Ter de fato o poder, sem diluir-se frente aos senhores feudais como no resto da Europa. Em 1139, o pequeno reino de Porto Cale declarou a sua independência do reino de Leão e Castela. Assumiu o trono Afonso Henrique I, inaugurando a primeira dinastia portuguesa: a de Borgonha. Em 1383, atemorizada com o perigo de subordinação de Portugal a Castela (Espanha) a burguesia Mercantil portuguesa apoiou a chamada “Revolução de Avis (1383-1385), liderada por D. João , Mestre de Avis. D. Fernando I, último rei da dinastia de Borgonha, morreu sem deixar herdeiros legítimos, Castela tentou ocupar o trono português com o apoio do clero e da nobreza portuguesa. Foram derrotados pela aliança entre D. João e a burguesia comercial, com a participação do povo pobre de Portugal. A guerra da sucessão, que adquiriu carater de guerra nacionalista e de independência, terminou levando D. João a ser rei de Portugal, iniciando a dinastia de Avis. A posição geográfica favorável e os contatos com o mundo islâmico contribuíram para o desenvolvimento do comércio português.

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