segunda-feira, 30 de junho de 2008

AS GRANDES NAVEGAÇÕES 1º TEXTO

AS GRANDES NAVEGAÇÕES / 1º TEXTO / 1ºANO


O mapa-múndi antes da expansão marítima européia.

Usualmente, para compreendermos o advento das grandes navegações, fazemos uma associação entre o reavivamento comercial da Baixa Idade Média, a formação dos Estados Nacionais e a ascensão da burguesia para compreendermos tal experiência histórica. A primeira nação a reunir esse conjunto de características específicas foi Portugal, logo depois da Revolução de Avis.

Com essa revolução, ocorrida em 1385, Portugal promoveu uma associação entre sua nascente burguesia mercantil e o novo Estado Nacional ali consolidado. Desde o reino de Dom João I, Portugal sofreu um processo de uniformização tributário e monetário capaz de ampliar os negócios da burguesia e fortalecer economicamente a Coroa. Nessa época, as especiarias orientais eram de grande valia e procura no mercado Europeu. Desde o século XII, a entrada dos produtos orientais se dava pelo monopólio exercido pelos comerciantes italianos e árabes.

Visando superar a dependência para com esse dois atravessadores, Portugal promoveu esforços para criar uma rota que ligasse diretamente os comerciantes portugueses aos povos do Oriente. Dom Henrique (1394 – 1460), príncipe português, reuniu na cidade de Sagres vários navegantes, cartógrafos, marinheiros e cosmógrafos dispostos a desenvolver conhecimentos no campo marítimo. Objetivando contornar o continente africano, o século XV assistiu o desenvolvimento da expansão marítima de Portugal. No ano de 1435, um grupo de 2500 desembarcou nas Ilhas Canárias dando início à formação das primeiras colônias portuguesas.

Em seguida, os portugueses partiram ao Cabo do Bojador, no litoral africano, até então definido como um dos limites máximos do mundo conhecido. Em 1434, o navegador Gil Eanes, ultrapassou o cabo abrindo portas para a conquista lusitana sob o litoral africano. Depois de formar novos entrepostos pela Costa Africana, um novo limite viria a ser superado. Em 1488, Bartolomeu Dias chegou ao Cabo da Boa Esperança definindo mais nitidamente a possibilidade de uma rota para o Oriente. Dez anos mais tarde, o navegador Vasco da Gama chegou à cidade indiana de Calicute e voltou a Portugal com uma embarcação cheia de especiarias.

No meio tempo em que Portugal despontou em sua expansão marítima, a Espanha se envolveu no processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica. O fim da chamada Guerra de Reconquista possibilitou a inserção dos espanhóis na corrida de expansão marítima. Atraídos pelo projeto do navegador genovês Cristóvão Colombo, a Espanha decidiu financiar a expedição do explorador italiano, em 1492. De acordo com o plano de Colombo, seria possível alcançar-se o Oriente navegando-se pelo Ocidente. Dessa aventura marítima, a Coroa Espanhola descobre o continente americano. A partir de então, a Espanha inaugurou uma nova área de exploração econômica.

Abrindo a rivalidade entre Portugal e Espanha, ambos os reinos buscaram assinar tratados definidores das regiões a serem por cada um deles. Em 1493, a Bula Intercoetera estabeleceu as terras a 100 léguas de Cabo Verde como região de posse portuguesa. No ano seguinte, Portugal solicitou o alargamento das fronteiras para 370 léguas de Cabo Verde. Essa revisão abre uma discussão sobre a possibilidade de navegadores portugueses já conhecerem terras ao sul do continente americano.

No ano de 1500, o navegante português Pedro Álvares Cabral anunciou a descoberta do Brasil. Com isso, os processos de exploração da América e a transferência do eixo econômico mundial iniciaram um novo período na economia mercantil européia. Ao longo do século XVI, outras nações, como Holanda, França e Inglaterra questionaram o monopólio ibérico realizando invasões ao continente americano e praticando a pirataria.

GRANDES NAVEGAÇÕES

HISTÓRIA / 1º ANO
Grandes Navegações
Navegações portuguesas, pioneirismo português, Vasco da Gama e a chegada às Índias, instrumentos de navegação, bússola, astrolábio, descobrimentos marítimos, viagem de Cristovão Colombo, viagem de Pedro Álvares Cabral, Escola de Sagres e as Caravelas.

Caravela Portuguesa da Época das Grandes Navegações
Introdução
Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.
Os objetivos
No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.
Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais em absolutismo e mercantilismo).
Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres.
Planejamento das Navegações
Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.
Navegações portuguesas e os descobrimentos
No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.
Navegações Espanholas
A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América ( maias, incas e astecas ), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram suas culturas.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

SIMULADO 2º ANO

Colegio estadual visconde de cairu
Disciplina : HISTÓRIA
PROFª : VALÉRIA OLIVEIRA

SIMULADO / 2º BIM/ 2ºANO – Individual – escolha apenas 10 questôes NOTA ____

NOME: ___________________________________ T:____________

1-ASSINALE A RESPOSTA CERTA:

1- Assinale as proposições corretas:

I – os iluministas defendiam o absolutismo como forma ideal de governo e a revelação divina como instrumento cientifico.
II – a fé cristã, associada à razão, foi considerada pelos iluministas a ferramenta necessária para a ciência.
III – os pensadores iluministas também se dedicaram à ciência econômica. Entre eles temos Adam Smith, o teórico do Liberalismo Econômico.
IV – o iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, caracterizou-se pelas críticas ao absolutismo e à sociedade estamental.
V – os iluministas consideravam a razão como luz capaz de iluminar o humano em suas decisões;
VI – Montesquieu e Rousseau defenderam em seus escritos os ideais, que hoje são bases do pensamento liberal ocidental.

Estão corretas:

a) I, III, IV, V e VI.
b) II, III, IV, V e VI.
c) I, II, III, V e VI.
d) I, II, III e IV.
e) III, IV, V e VI.


2- Sobre o chamado Despotismo Esclarecido é correto afirmar que:
a) foi um fenômeno comum a todas e quaisquer monarquias européias.
b) os déspotas promoveram reformas apenas no campo político.
c) foi uma tentativa bem sucedida do processo reformista contra o Antigo Regime dentro do campo político e econômico.
d) a reforma praticada pelos reis absolutistas foi apenas no campo econômico, uma vez que foi mantida a concentração de poderes nas mãos dos governantes.
e) e)apenas Portugal e Rússia vivenciaram as reformas do despotismo esclarecido.

3- "Movimento intelectual, portador de uma visão unitária do mundo e do homem, o iluminismo, apesar das diversidades de leituras que lhe são contemporâneas, conseguiu uma grande mudança quanto à racionalidade do mundo e do homem."
( FALCON, Iluminismo) O movimento iluminista do século XVIII representou uma:

a) crítica ao mecanicismo, fundamental nos dogmas do pensamento religioso católico;
b) justificativa da dominação do homem pelo homem, representada nas práticas escravistas;
c) defesa da teocracia pontifícia, frente aos abusos cometidos pela monarquia absoluta;
d) afirmação das idéias de progresso e de Natureza, o que permitiu o avanço do conhecimento racional;
e) subordinação ideológica do poder político civil às práticas e doutrinas da Igreja contra-reformista.

4. Representava o pensamento das camadas populares, ao afirmar que a fonte do poder era o próprio povo. Em seu livro Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, afirma que "o primeiro que concebeu a idéia de cercar uma parcela de terra e dizer 'isto é meu', e que encontrou gente suficientemente ingênua que lhe desse crédito, esse foi o autêntico fundador da sociedade civil. De quantos delitos, guerras, assassínios, desgraças e horrores teria livrado o gênero humano aquele que, arrancando as estacas e enchendo os sulcos divisórios, gritasse: 'cuidado, não deis crédito a esse trapaceiro, perecereis se esquecerdes que a terra pertence a todos'." A que filósofo iluminista refere-se o texto?
a) Voltaire
b) Montesquieu
c) Rousseau
d) Denis Diderot
e) Jean d'Alembert
5- É proibido matar e, portanto, todos os assassinos são punidos, a não ser que o façam em larga esala e ao som de trombetas." O autor desta frase é Voltaire, sempre lembrado por seu discurso irreverente, sarcástico e pela atualidade de suas idéias, embora tenha participado de um movimento intelectual do século XVIII, o iluminismo, que propunha:
a) a defesa das idéias absolutistas e o controle da liberdade de expressão dos cidadãos;
b) a eliminação de qualquer tipo de propriedade privada e a estabilização da economia;
c) a valorização dos privilégios de nascimento e a crítica aos ideais burgueses de participação política;
d) a defesa dos direitos individuais e o fim das práticas centralizadoras;
e) a defesa de reformas apenas no plano cultural e a manutenção dos valores do Antigo Regime nos níveis
político e econômico.


6. A locomotiva a vapor de Stephenson, o telégrafo elétrico de Morse e o processo Bessemer de fabricação do aço correspondem:
a) à Revolução Industrial antes de 1760;
b) à Revolução Industrial entre 1860 e 1900;
c) às inovações técnicas anteriores a 1860;
d) às inovações técnicas posteriores a 1860;
e) esses inventos ocorreram já no século XX, portanto, na 3ª Revolução Industrial.

7. Entre os fatores que fizeram da Inglaterra o berço propício à eclosão da Revolução Industrial, podemos citar os seguintes:
a) As condições sociais e políticas da época eram favoráveis.
b) Com a criação do Banco da Inglaterra, essa nação tornou-se o maior centro capitalista da época.
c) O sistema corporativo não chegara a se enraizar desde a Idade Média.
d) A supremacia naval inglesa assegurava o controle das rotas de distribuição de mercadorias.
e) Todas as anteriores.


8. (PUCCAMP) "O produto da atividade humana é separado de seu produtor e açambarcado por uma minoria: a substância humana é absorvida pelas coisas produzidas, em lugar de pertencer ao homem." A partir do texto, pode-se afirmar que a Revolução Industrial: RESPOSTA: A
a) produziu a hegemonia do capitalista na produção social;
b) tornou a manufatura uma alternativa para o artesanato;
c) introduziu métodos manuais de trabalho na produção;
d) tornou o homem mais importante que a máquina;
e) valorizou o produtor autônomo.

9- (UERJ) Na Revolução Industrial, o pioneirismo inglês resultou de uma série de fatores, entre os quais sua hegemonia marítimo-comercial. A concretização dessa hegemonia ficou evidente quando a Inglaterra adotou a seguinte medida
a) Decretou os Atos de Navegação.
b) Extinguiu o tráfico de escravos negros.
c) Assinou o Tratado de Methuen com Portugal.
d) Abriu os portos chineses aos navios ingleses.

10- (CESGRANRIO) A Revolução Industrial transformou profundamente a ordem econômica mundial. Suas origens na Inglaterra relacionam-se com o(a):

a) declínio da monarquia;
b) liberação de mão-de-obra da cidade para o campo;
c) triunfo da ideologia liberal;
d) fortalecimento do sistema familiar de produção;
e) fim da hegemonia marítima.

11- (Fatec-SP) A Revolução Inglesa de 1688 – a Revolução Gloriosa – assinala um momento significativo na adoção dos princípios do liberalismo. Entre as medidas adotadas então, e que confirmam essa afirmação, destacam-se:
a) a exclusão da nobreza do Parlamento, garantindo-se assim a maioria da burguesia, e a abolição das sociedades por ações na organização das empresas industriais.
b) o reconhecimento da Declaração de Direitos, limitando o poder do rei em face do Parlamento, e a promulgação do Ato de Tolerância, pondo fim à perseguição religiosa contra os dissidentes protestantes.
c) a revogação dos Atos de Navegação, que protegiam determinados grupos mercantis, e o reconhecimento do direito de organização para os trabalhadores urbanos.
d) a abolição dos tributos feudais da posse da terra e dos censos eleitorais para o preenchimento das cadeiras do Parlamento.
e) a eliminação dos Tories, partidários de um poder real forte, e a devolução aos camponeses das terras usurpadas durante os cercamentos.
12- (ESAM-RN) O Ato de Navegação (1651), votado pelo Parlamento inglês, no período de Cromwell, criou uma situação nova no comércio mundial, determinando, em conseqüência:
a) um bloqueio das nações do Mediterrâneo, que se julgavam prejudicadas pela Inglaterra.
b) um conflito armado entre as colônias exportadoras, que se sentiram altamente prejudicadas.
c) uma revolta da aristocracia rural inglesa, que se julgara preterida nos seus interesses.
d) um entrechoque armado com a Holanda, que pretendia a hegemonia do comércio marítimo.
e) uma situação de beligerância com os Estados Unidos, que começavam a expandir seu imperialismo.

13-. (Unicamp-SP) Você já deve ter aprendido que a história pode ser representada pelas várias etapas do progresso humano. Os momentos cruciais desse desenvolvimento histórico foram denominados revolucionários. Diante dessa afirmação, leia atentamente o texto abaixo:
"A burguesia, conduzida por Oliver Cromwell, inspirada por um deus calvinista e motivada por ambição de conquista, derrotou o movimento nivelador e tudo o mais. Em conseqüência, ele foi odiado por muitos pobres, o que sabia e reconhecia. Em uma de suas marchas pela cidade, comentou com seu acompanhante a respeito da multidão:
– Eles estariam mais barulhentos e também mais felizes se você e eu estivéssemos a caminho da forca.
O deus de Cromwell era um deus do trabalho e da conquista: da Jamaica, da Escócia, e o que não será esquecido, da Irlanda." (Peter Linebaugh, Todas as montanhas atlânticas estremeceram, 1985.)
a) Caracterize segundo os seus conhecimentos o processo revolucionário a que o texto se refere. __________________________________________________
14. (Fuvest-SP) No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). Apesar das transformações significativas terem se verificado na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o período final que ficou conhecido como Revolução Gloriosa. Isto se explica porque:

a) em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o comércio mundial tornando-se a potência mais rica da Europa.
b) auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em 1688 forças contra-revolucionárias que, no continente, ameaçavam as conquistas de Cromwell.
c) mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova monarquia parlamentar consolidada em 1688.
d) as forças radicais do movimento, como Cavadores e Niveladores, que assumiram o controle do governo, foram destituídas em 1688 por Guilherme de Orange.

e) só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia e a burguesia, anulando-se as aspirações políticas da gentry.













SUCESSO!!

Colegio estadual visconde de cairu
Disciplina : HISTÓRIA
PROFª : VALÉRIA OLIVEIRA

SIMULADO / 2º BIM/ 1ºANO – Individual – escolha apenas 10 questôes NOTA ____

NOME: ___________________________________ T:____________


1- ASSINALE A RESPOSTA CERTA:

1. (UNIPAR) Com relação à Idade Média e sua evolução, assinale a alternativa correta:
a) Herdou em grande medida os dispositivos institucionais do Império Romano, fato este que contribuiu para a permanência da cultura greco-romana ao longo do Feudalismo.
b) Ocorreu a criação de imensos impérios que combatiam o avanço da Igreja Católica sobre os assuntos políticos e econômicos da época.
c) Possibilitou o enriquecimento dos senhores feudais através do domínio de extensas propriedades territoriais e a exploração do trabalho dos camponeses.
d) Promoveu a Igreja Católica à posição de defensora dos pobres e oprimidos contra os desmandos dos senhores feudais que mantinham o poder político fragmentado em toda Europa.
2. Um sistema de organização econômica, social e política baseado nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados..., subordinados uns aos outros por uma hierarquia dá vínculos de dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com que viver.
(Jacques Le Goff)
O texto acima descreve características da sociedade:
a) grega
b) romana
c) feudal
d) egípcia
e) neolítica
3. (UFPA) Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é possível observar que:
a) a servidão representou, sobretudo na França e na península Ibérica, um verdadeiro renascimento da escravidão conforme existia na Roma imperial.
b) os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades.
c) mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a servidão nos seus domínios, mas sim o trabalho livre.
d) o sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por exemplo, era pago pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras pertencentes ao suserano.
e) as principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de origem muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental.
4. (Fuvest) As feiras na Idade Média constituíram-se:
a) instrumentos de comércio local das cidades para o abastecimento cotidiano dos seus habitantes.
b) áreas exclusivas de câmbio das diversas moedas européias.
c) locais de comércio de amplitude continental que dinamizaram a economia da época.
d) locais fixos de comercialização da produção dos feudos.
e) instituições carolíngias para renascimento do comércio abalado com as invasões no Mediterrâneo.

5. (UFPA) O movimento das cruzadas foi essencial para o quadro das transformações por que a Europa passaria nos processos finais da Idade Média. Definida essa questão, é possível assegurar-se em relação ao movimento cruzadista que:

a) os efeitos imediatos das cruzadas sobre a vida européia foram de natureza política, já que contribuíram para abalar sensivelmente o poder absoluto dos monarcas europeus.
por que a Europa passaria nos processos finais da Idade Média. Definida essa questão, é possível assegurar-se em relação ao movimento cruzadista que:
a) os efeitos imediatos das cruzadas sobre a vida européia foram de natureza política, já que contribuíram para abalar sensivelmente o poder absoluto dos monarcas europeus.
b) em termos jurídicos, as cruzadas contribuíram para modificar o sistema da propriedade no feudalismo, já que difundiram o começo da propriedade dominante no Extremo Oriente.
c) os seus resultados abalaram seriamente o prestígio do papado, provocando, inclusive, a separação entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla, fato de implicações negativas para a autoridade clerical.
d) os efeitos sociais das cruzadas fizeram-se sentir principalmente sobre as relações de trabalho, já que os cruzados, ao retornarem do Oriente, defendiam a substituição da servidão pelo trabalho livre.
e) as exigências das expedições contribuíram decididamente para o recuo da dominação árabe no Mediterrâneo, abrindo os espaços para que as suas águas viessem a sustentar, mais tarde, parte das grandes rotas do comércio europeu.
6. (PUC-SP) Não pode ser considerado como fator gerador do renascimento comercial que ocorre na Europa, a partir do século XI:
a) a crise do modo de produção feudal provocada pela superexploração da mão-de-obra, através das relações servis de produção.
b) a disponibilidade de mão-de-obra provocada, entre outros fatores, pelo crescimento demográfico a partir do século X.
c) a predominância cultural e ideológica da Igreja, com a valorização da vida extraterrena, a condenação à usura e sua posição em relação ao "justo preço" das mercadorias.
d) a aquisição das "cartas de franquias", que fortalecia e libertava a nascente burguesia das obrigações tributárias dos senhores feudais.
e) o movimento cruzadista, que, retratando a estrutura mental e religiosa do homem medieval, se estendeu entre os séculos XI e XIII.
7. . (Vunesp) “Na sociedade feudal, o vínculo humano característico foi o elo entre subordinado e chefe mais próximo. De escalão em escalão, os nós assim formados uniam, tal como se se tratasse de cadeias infinitamente ramificadas, os menores e os maiores. A própria terra só parecia ser uma riqueza tão preciosa por permitir obter ‘homens’, remunerando-os." (Marc Bloch. A sociedade feudal.)
O texto descreve a:
a) hierarquia eclesiástica da Igreja Católica;
b) relação de tipo comunitário dos camponeses;
c) relação de suserania e vassalagem;
d) hierarquia nas corporações de ofício;
e) organização política das cidades medievais.
8. (Fuvest) “Após ter conseguido tirar da nobreza o poder político que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas."
Essa frase, extraída da obra de Max Weber, Política como vocação, refere-se ao processo que, no Ocidente:
a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade Moderna para a Contemporânea;
b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da Antiguidade para a Idade Média;
c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média;
d) conservou os privilégios políticos da nobreza, na passagem do Antigo Regime para a Restauração;
e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na passagem da Idade Média para a Moderna.

9.. (CESGRANRIO) No período compreendido entre os séculos XV e XVIII, nas sociedades da Europa Ocidental, realizou-se um processo de progressiva centralização de poderes, com o qual identificamos a formação dos Estados Modernos Absolutistas. Esta nova forma de Estado buscava articular setores sociais distintos, com seus respectivos interesses, dentre os quais podemos destacar:
I. a burguesia mercantil, que necessitava do poder real forte para efetivar uma política econômica que garantisse as suas possibilidades de expansão.
II. os setores populares urbanos (artesãos e pequenos comerciantes), interessados em apoiar o poder real como forma de neutralizar o crescente poderio que a aristocracia territorial exercia nas cidades.
III. os camponeses servos, que aspirando libertar-se dos grandes proprietários territoriais, apoiaram a política real no processo de unificação e centralização administrativa e judicial.
IV. a aristocracia, que, defrontando-se com dificuldades de obtenção de rendas, encontrou na Monarquia centralizada novas formas para manutenção de seus privilégios econômicos e sociais.
Assinale se:
a) somente as afirmações I e II estão corretas.
b) somente as afirmações II e III estão corretas.
c) somente as afirmações I e IV estão cor¬retas.
d) somente as afirmações I, II e III estão corretas
e) somente as afirmações II, III e IV estão corretas.
10.(UFSC) “Foi da progressiva centralização do poder dos reis sobre os feudos medievais que surgiram as modernas nações, os governos e as instituições nacionais.” Assinale a afirmativa que não se relaciona com o texto acima:

a)A luta entre as classes sociais foi o traço essencial ao fortalecimento do poder real.
b)As leis nacionais aplicadas por juizes nomeados pelos reis foram impondo-se a todo o país, ultrapassando as leis tradicionais dos feudos.
c)O aparecimento do Estado moderno caracterizou-se também pelo surgimento de um exército nacional que garantia o monopólio da força dentro do seu território.
d)O processo de centralização do poder ocorreu em toda a Europa Ocidental, com exceção de dois países, Itália e Alemanha, cuja unidade só foi conseguida no século XIX.
e)Durante a guerra de reconquista foi se processando a união dos pequenos reinos independentes de Castela, Aragão, Navarra e Leão, sob a determinação de Espanha e Portugal.

11 – (FUVEST – 1999) - 22 - A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis do que se conhece como a crise do século XIV. Como conseqüência dessa crise, ocorrida na Baixa Idade Média,

a) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século, antes de reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade;
b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair, por mais de um século, na servidão feudal;
c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se tornar absoluto, no início da modernidade;
d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a economia urbana até o fim do Antigo Regime;
e) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do que ocorreu com a burguesia.

12 (UNIBH ) - Leia o texto abaixo, com atenção. Suas afirmações podem ser falsas ou verdadeiras.

“A formação dos Estados Nacionais, embora ocorrendo de forma diversificada nas diversas regiões da Europa, não implicou a superação do modo de produção feudal. No entanto, [eles] constituíram mais um elemento da nova ordem que se construía na Europa Ocidental, nos séculos XV-XVI”.

O texto acima pode ser considerado

a) totalmente correto.
b) totalmente falso.
c) parcialmente correto, já que a formação dos Estados Nacionais implicou a superação do feudalismo.
d) parcialmente correto, já que não havia uma “nova ordem” sendo constituída na Europa no período citado.

13- (UFPEL)
“Diante da crise agrária fazia-se necessária a conquista de novas áreas produtoras. Diante da crise demográfica fazia-se necessário o domínio sobre as populações não-européias. Diante da crise monetária fazia-se necessária a descoberta de novas fontes de minérios. Diante da crise social fazia-se necessário um monarca forte, controlador das tensões e das lutas sociais. Diante da crise político-militar fazia-se necessária uma força centralizadora e defensora de toda a nação. Diante da crise clerical fazia-se necessária uma nova Igreja. Diante da crise espiritual fazia-se necessária uma nova visão de Deus e do homem. Começavam os novos tempos.”
Fonte: FRANCO JR., Hilário. O Feudalismo, São Paulo: Brasiliense. p. 93

As crises que são referidas no texto caracterizaram:
a) a transição do feudalismo para o capitalismo comercial, na Europa, no início da Idade Moderna.
b) a formação do feudalismo, na Europa Ocidental, no início da Idade Média.
c) a substituição do escravismo clássico pela servidão, na área geográfica correspondente ao antigo Império Romano.
d) o pleno domínio econômico, político e social da burguesia européia durante a Revolução Industrial.
e) a manutenção da hegemonia da Igreja Católica e a revitalização do poder político dos senhores feudais na Europa renascentista.

14. (Mackenzie 97) "Entre os movimentos mais conhecidos da Idade Média estão as Cruzadas, que foram originalmente expedições organizadas pela Igreja, contando com o apoio dos dirigentes políticos das principais monarquias feudais" Marco Antônio de Oliveira

As Cruzadas no Ocidente tinham por objetivo:
a) reconquistar os territórios sagrados do cristianismo na Palestina e reunificar o mundo cristão abalado com o Cisma do Ocidente.
b) libertar do domínio muçulmano o Sacro Império Romano Germânico do Ocidente através da união dos reis, Ricardo Coração de Leão, Felipe Augusto e Frederico Barba Ruiva.
c) expulsar os muçulmanos da Península Ibérica, promover a expansão cristã nas terras eslavas e combater os hereges albigenses na França.
d) libertar as cidades de Gênova e Veneza do domínio islâmico e expulsar os mouros da região de Flandres, reabrindo as rotas comerciais.
e) conquistar Jerusalém, organizar na região o sistema feudal e criar ordens monásticas como a dos Templários e dos Hospitalários.

15. (PUC) No período da transição do feudalismo ao capitalismo, a burguesia européia no geral:

a) favorece o declínio das velhas relações feudais.
b) assume uma posição nitidamente revolucionária.
c) coloca-se frontalmente contra a Igreja Católica.
d) alia-se ao campesinato contra o poder da realeza.
e) “abre fogo” contra os monopólios coloniais.

16- Entre os séculos XV e XVIII, na Europa Ocidental, o homem moderno conviveu politicamente com o Absolutismo Monárquico.
Quanto a essa forma de política, podemos dizer que havia concentração de poderes nas mãos da:
a) burguesia – grupo social mais abastado.
b) nobreza – grupo social com certos privilégios.
c) povo – grupo social com maior representatividade.
d) clero - grupo social com o maior número de privilégios.
e) vilões – grupo social sem qualquer compromisso com os demais grupos.
17. (Cesgranrio-RJ) O regime monárquico absolutista, forma política predominante entre os Estados modernos europeus nos séculos XVI a XVIII, caracterizava-se, do ponto de vista político e social, pelos seguintes aspectos:
1 – concentração de todos os poderes nas mãos do príncipe enquanto soberano absoluto;
2 – neutralidade do príncipe diante dos conflitos sociais, especialmente quanto aos interesses antagônicos de camponeses, burgueses e aristocratas;
3 – caráter divino da autoridade real, situada acima das leis e dos indivíduos, considerados apenas súditos;
4- inexistência de quaisquer limites, mesmo na prática, ao exercício da autoridade despótica do monarca.
Assinale:
a) se somente os itens 1 e 3 estão corretas.
b) se somente os itens 2 e 4 estão corretas.
c) se somente os itens 3 e 4 estão corretas.
d) se somente os itens 1 e 2 estão corretos.
e) se somente os itens 2 e 3 estão corretas.


SUCESSO!!!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A Era Napoleônica – 2ºANO/08
A Europa viveu um período de grande intranqüilidade após a revolução
francesa. De um lado, a burguesia francesa não tinha paz com
as constantes ameaças de monarquistas e revolucionários
radicais. Ela precisava de um grande líder que consolidasse a
revolução burguesa no país. Terminou escolhendo
Napoleão Bonaparte, que se tornaria um dos personagens mais
controvertidos da história ocidental. Do outro lado, as
monarquias tradicionais européias temiam o avanço dos
ideais revolucionários em seus países. Acabaram se
aliando para lutar contra o expansionismo francês. Era a reação
conservadora para manter o Antigo Regime.
Com o golpe de Estado de 10 de novembro de 1799, Napoleão Bonaparte tornou-se a mais importante figura da vida política francesa. Teve início
à chamada era napoleônico, um período de
aproximadamente 15 anos, que pode ser dividido em: Consulado,
Império e Governo dos Cem Dias.

O Consulado


Derrubado o poder do Diretório, instalou-se o governo do Consulado, do qual
participavam Napoleão Bonaparte e mais dois outros cônsules:
Roger Ducos e Sieyes.Em dezembro de 1799,
foi votada uma Constituição que fornecia amplos poderes
a Napoleão, que fora eleito primeiro-cônsul da
república. Teve inicio, então, umas verdadeiras
ditaduras militares, disfarçadas pelas instituições
aparentemente democráticas criadas pela Constituição
(Senado, Tribunal, Corpo Legislativo e Conselho de Estado).
Napoleão Bonaparte destacou-se no período em que a França,
preocupada em reorganizar seus exércitos, aproveitou a
explosão de nacionalismo para implantar o serviço
militar obrigatório e acabar com o emprego de tropas
mercenárias. Indicado pelo Diretório para reorganizar
as tropas francesas, Napoleão comandou a Campanha da Itália
(1796), obtendo sucessivas vitórias.
Apesar das inúmeras conquistas, faltava à França vencer sua primeira
rival-a Inglaterra, dona de uma poderosa frota naval que supria suas
indústrias com as matérias-primas coloniais. Na
tentativa de derrotar a Inglaterra, a alta burguesia francesa
encarregou Napoleão de atacar os pontos vulneráveis do
poderio britânico, tentando bloquear o acesso aos produtos
vindos do Egito. Em virtude das novas
alianças européias contra a França-em 1799
forma-se a segunda Coligação antifrancesa (Inglaterra,
Áustria, Rússia e Turquia), que intervém na
Itália, no Reno e na Holanda, Napoleão voltou para a
França, encontrando o país à beira do caos. O
enfraquecimento do governo francês, incapaz de promover a
pacificação interna, comprometia o desenvolvimento
econômico do país devido à paralisação
dos negócios e ao déficit público. Descontentes,
os banqueiros financiaram a reorganização das tripas de
Napoleão. Em novembro de 1799, o general aplicou um golpe do
Estado (18 Brumário), depondo o Diretório e implantando
o regime do Consulado-uma ditadura militar.

As principais
realizações

O Consulado foi marcado pela recuperação econômica da França
e pala sua reorganização administrativa. Entre as
principais realizações dirigidas por Napoleão
nesse período, podemos destacar:

administração-centralizaçao administrativa,
com a nomeação de funcionários de sua confiança
pessoal para os mais diversos cargos da administração
pública.
_economia-criação
do Banco da França (1800), que controlava a emissão de
moedas, diminuindo o processo inflacionário. Tarifas
protecionistas e a construção de obras públicas
fortaleceram o comércio e a indústria.

_educação-reorganização
do ensino francês, quer passou a ter como principal missão
a formação de cidadões capazes de servir ao
Estado. A educação era utilizada como meio de controle
do comportamento político e social dos cidadões.
_direito-elaboração
de novos códigos jurídicos, como Código Civil,
também conhecido como Código Napoleônico
(concluído em 1804). O Código Napoleônico
consagrava as aspirações da burguesia, como a
liberdade individual, a igualdade de todos perante a lei, o respeito
à propriedade privada e o matrimônio civil separado do
religioso. Observa Leo Huberman que o Código Napoleônico
tem cerca de 2000 artigos, dos quais sete tratam apenas do trabalho e
cerca de 800, na propriedade privada. Os sindicatos e as greves são
proibidos, mas as associações de empregadores,
permitidas. Numa disputa judicial sobre salários, o Código
determina que o depoimento do patrão, e não o do
empregado, é que deve ser levado em conta. O Código foi
feito pela burguesia e para a burguesia: foi feito pelos donos da
propriedade para a proteção da propriedade.
_igreja-elaboração
de um acordo (concordata, em 1801) entre a Igreja Católica e o
Estado Francês, tendo como objetivo fazer da religião um
instrumento de poder político. O Papa reconhecia o confisco
das propriedades da Igreja, em troca do amparo do Estado ao Clero.
Por sua vez, Napoleão reconhecia o catolicismo com a religião
da maioria dos franceses, mas reservava para si o direito de designar
bispos, cujos nomes seriam, posteriormente, aprovados pelo Papa.
Império
Mediante novo
plebiscito, em 1804 Napoleão Bonaparte fez-se coroar
imperador dos franceses como o título de Napoleão I,
substituindo regime de Consolado pelo de Império. Com isto
pôde agraciar seus familiares e agregados com títulos,
honrarias e altos cargos, o que resultou no aparecimento de um novo
grupo aristocrático.

Napoleão I
empregou todas as suas forças no sentido de liquidar o poderio
inglês e estabelecer o império universal. Na verdade,
estes objetivos significavam de um lado a luta de uma nação
capitalista burguesa (a França) contra uma Europa Continental
Absolutista Aristocrática; de outro, a luta entre duas nações
burguesa (França e Inglaterra) pela hegemonia
político-econômica e pela supremacia colonial.

Coligação
conta à França

Com imperador comandante supremo das forças armadas, Napoleão moveu
uma série de guerras para expandir o domínio da França.
O exército francês foi fortalecido em armas e em
soldados, mediante o recrutamento em massa dos cidadões.

Desde o final do século XVIII, os países europeus procuravam formar coligações,
a fim de resistir á difusão das idéias
liberais advindas da Revolução Francesa e ao
expansionismo napoleônico.Assim, liderados pela Inglaterra,
Áustria, Prússia e Rússia formaram uma coligação
para lutar contra o império francês.

Em 21 de outubro de 1805, Napoleão tentou invadir a Inglaterra, mas a marinha
francesa foi derrotada pelos ingleses, comandados pelo almirante
Nelson, na Batalha de Trafalgar. Recuperando-se rapidamente
dessa derrota marítima (que afirmou o poderio naval
britânico), Napoleão conseguiu brilhantes vitórias
sobre a Áustria, na Batalha de Austerlitz (dezembro de
1805) e sobre os exércitos prussianos(1806) e russo(1807).

O bloqueio
continental

Em 1806, Napoleão decretou o Bloqueio Continental à Inglaterra, determinando que
todos os países do continente europeu fechassem seus portos ao
comércio inglês. Assinando com a França a Paz de
Tilsit (7 de julho de 1807), o czar russo Alexandre I também
aderiu ao bloqueio. O objetivo de Napoleão era arruinar
economicamente a Inglaterra.

Portugal, depois de muita indefinição, não aderiu ao Bloqueio
Continental. As tropas francesas, comandadas pelo General Junot,
invadiram o país, obrigando D. João VI a fugir para o
Brasil. Assim, no continente europeu, somente os povos espanhóis,
apoiados pelos ingleses, após resistência ao domínio
francês, representado pelo José I, irmão de
Napoleão, que acabou sendo proclamado rei da Espanha (junho de
1808).

O ponto fraco do Imperialismo Francês – a marinha – tornou se evidente após
a derrota naval para Inglaterra em Trafalgar. Napoleão,
pretendendo enfraquecer economicamente os ingleses, decretou em 1806
o Bloqueio Continental. Com essa medida proibia os países
europeus de comerciarem com os ingleses. Isto só foi possível
porque Napoleão dominava grande parte do Leste Europeu, além
de contar com apoio russo.

A princípio o Bloqueio Continental alcançou o objetivo desejado, pois a Grã
Bretanha teve uma queda em suas exportações. Tal
situação, porém durou pouco.

Na maioria dos países aliados aos franceses, a base da economia era agricultura. Esse fato
tornava tais nações dependentes da exportação
de matérias-primas para a Inglaterra, em troca das mercadorias
produzias pelas indústrias inglesas. Por isso. O Bloqueio
Continental começou a perder força e adesão.

Ao mesmo tempo, a paralisação dos portos começou a causar danos à
economia da própria França. A renda do país
diminui, motivando uma oposição crescente da burguesia
ao imperador.

A decadência
do Império




A partir de 1810 a política de Napoleão começou a ser contestada.
Na França, a população lamentava os milhares de
soldados franceses sacrificados nos campos de batalha. Acrescenta-se
a isso a reação nacionalista dos povos
conquistados.No setor econômico, o Bloqueio imposto á Inglaterra não surtiu os efeitos
desejados. Grande parte dos países europeus sob a influência
de Napoleão tinha uma economia agrária e sentia
necessidade dos produtos industrializados ingleses. A falta desses
produtos estimulava o contrabando com a Inglaterra e a elevação
dos preços de diversas mercadorias.

Embora tivesse aderido ao Bloqueio Continental, a Rússia, que era um país
basicamente agrícola, foi obrigada a abandoná-lo em
dezembro de 1810. Enfrentando grave crise econômica, precisava
trocar o excesso de sua produção de cereais por
produtos industriais ingleses.

A resistência
européia a Napoleão

O primeiro grande foco da revolta contra o imperador Napoleão foi a Espanha. A
população espanhola, que jamais aceitará a
imposição de José Bonaparte com rei, passou a
organizar governos populares locais – as juntas provinciais -, que
armavam tropas para combater os invasores. Apesar de mobilizar os
melhores efetivos militares contra o povo espanhol, Napoleão
sofreu suas primeiras derrotas em face do apoio inglês dado aos
povos ibéricos. Em princípio de 1809, surgiu um
movimento nacionalista de libertação, que obrigou
Bonaparte a abandonar a Espanha para enfrentar a Quinta Coligação
(Inglaterra e Áustria). Apesar dos reveses iniciais, os
franceses saíram vencedores na Batalha de Wagram contra os
austríacos. Com a derrota, a Áustria teve seu
território retalhado e a sua força militar reduzida,
sendo obrigada a selar, através do novo ministro Metternich,
uma aliança com a França.

Governo
dos Cem Dias

Em março de
1815, Napoleão Bonaparte decidiu regressar à França,
prometendo reformas democráticas. O rei era impopular e
as tropas enviadas para prender Napoleão acabaram unindo se a
ele aos gritos de Viva o Imperador. Chegando a Paris como herói,
Napoleão instalou-se no poder, obrigando a fuga da família real.

Sua permanência no poder, entretanto, durou apenas cem dias. Nova coligação
de forças internacionais marchou conta à França,
conseguindo derrotar definitivamente Napoleão, na batalha de
Waterloo, em 18 de junho de 1815. Preso pelos ingleses,
Napoleão foi exilado na ilha de Santa Helena, no Oceano
Atlântico, onde permaneceu até a morte, em 05 de maio de
1821. Luiz XVIII, ainda em 1815, foi reconduzido ao trono francês.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

absolutismo monárquico

ABSOLUTISMO MONÁRQUICO – 1º ANO
1--Panorama histórico acerca do Estado Absolutista
Em primeiro lugar importa destacar que a formulação do ideário do Regime Absolutista e, em especial da Monarquia Absolutista, nasceu concomitantemente ao próprio surgimento do Estado Nacional Moderno, a partir do século XV d. C.
A política de Estado devia ser separada da religião, a teologia, de qualquer doutrina. Uma política secularizada ... era única sob cujo signo se podia unificar a nação. (...) O último vínculo entre a doutrina política e a teologia foi o conceito da Graça divina. (...) O teórico da monarquia francesa não confessional foi Jean Bodin.
(...) Para Bodin, o poder do Estado, e portanto do Soberano, identifica - se com o poder absoluto: não pode imaginar outro, pelo menos em teoria." (3)
Na verdade, em termos históricos, o Absolutismo Político* se encontra vinculado à implantação de um Estado centralizado politicamente com a conseqüente implantação de uma "racionalização" burocrática do aparelho administrativo dos Estados Nacionais europeus surgidos a partir do século XIV d. C. Tais Estados Nacionais possuem como forma política de governo a Monarquia, usualmente conhecida como Monarquia Absolutista.
Ante o exposto, a expressão "absolutista" é um qualificativo impróprio para as Monarquias existentes nos Estados Nacionais da Época Moderna, eis que "nenhuma monarquia ocidental gozara jamais de poder absoluto sobre seus súditos, no sentido de um despotismo sem entraves. Todas elas eram limitadas, mesmo no máximo de suas prerrogativas, pelo complexo de concepções denominado direito ‘divino’ ou ‘natural’.
Na Monarquia Absolutista da Europa da Idade Moderna, o sistema de coerção política e social em que a "irresponsabilidade jurídica" do monarca para com o conjunto de cidadãos não era, de fato, irrestrita, sobretudo em termos do poder do monarca era limitado por preceitos religiosos e por uma série de costumes políticos,.
Neste contexto, ressalte-se que o Estado Absolutista Moderno apresentou-se como um paradoxo político no mais amplo sentido da expressão: o monarca era a fonte maior da Lei embora não estivesse, em tese ao menos, sujeito a qualquer limitação legal na imposição aos súditos da fiel observância das "leis da terra".
Tal princípio não quer dizer ... que o poder do príncipe não tenha limites: as leis a que se refere o princípio são as leias positivas, isto é, as leis postas pela própria vontade do soberano, o qual não está submetido às leis por ele próprio estabelecidas porque ninguém pode dar leis a si mesmo.
Todas as teorias tem pressupostos jurídicos: 1)a existência de uma unidade territorial onde o Estado é o único ente que exerce, de maneira efetiva, o poder mediante um sistema legal (= soberania); 2)uma coletividade de pessoas dotadas de direitos e deveres (= cidadãos).