sexta-feira, 15 de agosto de 2008

cronologia da revolução

Cronologia
1787-1788 - Revolta dos notáveis (nobreza).
1788-1789 - Más colheitas e aprofundamento da crise econômica.
1788 - Anuncia-se, em 8 de agosto, a convocação dos Estados Gerais para o 1° de maio de 1789.
1789 - De julho a outubro, a revolução popular. O "grande medo".
* Proclamação da Assembléia Nacional Constituinte (9 de julho).
* Tomada da Bastilha (14 de julho).
* Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26 de agosto).
* Retorno de Luís XVI de Versalhes para Paris, sob pressão popular (5 de outubro).
1791 - A Constituilção liberal adota o regime de monarquia constitucional.
1791-1792 - Fracasso da monarquia constitucional. Tentativa de fuga e prisão de Luís XVI.
1792 - Guerra contra a Áustria e a Prússia (absolutistasO. Vitória do exército revolucionário em Valmy.
* Fundação da 1ª República Francesa (1792-1804).
1792-1795 - Período revolucionário da Convenção. Vitória do sufrágio universal. O "despotismo da liberdade". Ascensão e queda de Danton, Saint-Just, Robespierre e outros jacobinos.
1793 - Luís XVI é guilhotinado (21 de janeiro). Nova Constituição. Jacobinos dominam a Convenção.
1793-1794 - Terror. Aprofundamento da Revolução com Robespierre e jacobinos, de junho de 1793 a julho de 1794.
1794 - Robespierre, Saint-Just e companheiros são guilhotinados (28 de julho).
1795 - 1799 - Período do Diretório. Reação burguesa girondina.
1796 - "Conjuração dos Iguais", de Graco Babeuf, última tentativa socializante da República.
1798 - Vitória eleitoral dos jacobinos, não tolerada pelos girondinos (burguesia).
1799 - A Assembléia é dissolvida e o Diretório é substituído por três cônsules provisórios: Napoleão, Sieyès e Ducos. É o golpe de Estado do 18 Brumário, dando início ao Consulado de Bonaparte, que liquidaria a República em 1804. As fases da Revolução
Assembléia Nacional Constituinte
(1789 a 1791)
Período de abolição do regime feudal e de montagem da ordem monárquica constitucional.
Monarquia constitucional
(1791 a 1792)
O regime dividiu-se entre os monarquistas, que queriam ver preservado o poder independente do rei, e a maioria dos representantes na Assembléia, que defendiam o papel dos cidadãos na fiscalização e controle do governo. A Constituição liberal de 1791, obra da Assembléia Nacional Constituinte, definiu a monarquia constitucional. Mas a guerra com a Prússia, a agitação popular que atemorizava os deputados da Assembléia e a fracassada tentativa de fuga de Luís XVI agravaram a situação, levando o regime a um colapso em setembro de 1792.
Convenção
(1792 a 1795)
Nesse momento foi implantada a República, num grave quadro de guerra externa. O movimento dividia-se entre os girondinos (liberais mais ligados às províncias, interessados na guerra) e os montanheses (apoiados pelas massas populares de Paris, os sans-culottes, democratas radicais e no início contra a guerra).
Luís XVI é guilhotinado em janeiro de 1793, começando o "despotismo da liberdade". Os montanheses ou jacobinos (como ficaram conhecidos os que se situavam à esquerda na Convenção) controlavam a situação politicamente. Por um ano, entre 1793 e 1794, a Revolução se aprofunda, liderada por Robespierre e pelos jacobinos, dirigindo-se contra a invasão estrangeira e os levantes de rebeldes contrários à Revolução. É o chamado "Grande Terror". Entretanto, perdendo apoio popular, os líderes Robespierre e Saint-Just e seus companheiros dão guilhotinados em julho de 1794.

Diretório
(1795 a 1799)
Nesse período a França torna-se um "país governado por proprietários". A Constituição do ano III da Revolução, que definia a democracia burguesa, representou o meio-termo do processo revolucionário. Contidas as forças estrangeiras (Prússia, Holanda e Espanha), o exército, que abafara uma reação dos partidários da antiga realiza, passou a ocupar o lugar dos jacobinos e dos sans-culottes, iniciando a construção da Grande Nation, criando "repúblicas irmãs" ao redor da França.
Em 1976 fracassou a Conjuração dos Iguais, de Graco Babeuf, última tentativa socialista durante a República. Em 1797, Napoleão Bonaparte vence os austríacos na Itália. Nesse período cresce o prestígio desse general.
Em 1798 a burguesia enfrenta ainda uma última vitória eleitoral dos jacobinos; no ano seguinte a Assembléia é dissolvida, e o Diretório é substituído por três "cônsules" provisórios: Napoleão, Sieyés e Ducos. É o golpe que dá início ao Consulado, sob o lema: "a Revolução acabou".

artigos completos da declaraçõao dos direitos do homem e do cidadão

Este documento que tornou-se um clássico para as democracias do mundo contemporâneo, foi aprovado no dia 26 de agosto de 1789, pela Assembléia Constituinte, no contexto inicial da Revolução Francesa. Seus princípios iluministas tinham como base a liberdade e igualdade perante a lei, a defesa inalienável à propriedade privada e o direito de resistência à opressão.
Eis aqui a íntegra desse importante documento:

A Assembléia Nacional reconhece e declara em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os direitos seguintes do homem e do cidadão:

I

Os homens nascem e permanecem livres e iguais perante a lei; as distinções sociais não podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum.

II

O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem; esses direitos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

III

O Princípio fundamental de toda autonomia reside essencialmente na nação; nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que ela não emane expressamente.

IV

A liberdade consiste em fazer tudo que não perturbe a outrem. Assim, os exercícios dos direitos naturais de cada homem não tem limites senão os que asseguram aos outros membros da sociedade o desfrute desse mesmo direito; esses limites não podem ser determinados senão por lei.

V

A lei só tem o direito de proibir as ações que prejudiquem a sociedade.
Tudo quanto não for impedido por lei não pode ser proibido e ninguém é obrigado a fazer o que a lei não ordena.

VI

A lei é a expressão de vontade geral; todos os cidadão têm o direito de concorrer pessoalmente ou pelos seus representantes para a sua formação; deve ser a mesma para todos, seja os protegendo, seja ela os punindo

fases da revolução francesa

FASES DA REVOLUÇÃO FRANCESA
PRIMEIRA FASE (1789-1792)
Houve a recusa do rei em jurar a Constituição e diante da intransigência do monarca, a população toma a Bastilha em 14 de julho de 1789, transformando o ato num movimento popular nunca antes visto. A Bastilha era símbolo do absolutismo real, e sua invasão pelo povo deixou clara a impotência do rei.
Estava na Constituição de 1791: abolição dos privilégios feudais, elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, votação da Constituição civil do clero, estabelecimento da monarquia limitada (Jornadas de Agosto).
O rei é obrigado a se instalar em Paris (Jornadas de Outubro) e, é declarada guerra à Áustria e à Prússia, onde a França sofre derrotas e o rei é acusado de traição.
SEGUNDA FASE (1792-1795)
Esta foi a fase da ascensão dos jacobinos. A França vence o exército austro-prussiano. Eleição da Convenção (girondinos, grupo da planície, jacobinos, raivosos). Execução de Luís XVI. Convenção jacobina: vitória sobre a coligação de países europeus, reformas internas, estabelecimento do Regime do Terror (Marat, Danton, Robespierre).
TERCEIRA FASE (1795-1799)
Em 1795, a Convenção Nacional adotou uma nova constituição que restabeleceu o voto censitário para as eleições do Legislativo. O Poder Executivo foi entregue a uma junto de cinco membros, denominada Diretório.
O novo governo perseguiu todos os movimentos revolucionários radicais. O mais famoso deles foi a Conspiração dos Iguais, de 1796, liderada pelo Graco Babeuf. O movimento pretendia a abolição de toda propriedade privada e a fundação de um governo popular de tendência socialista. Seus seguidores foram presos, executados ou deportados.
Em 1797, a França enfrentou também a reação monárquica. Os membros do Diretório recorreram a um jovem general, Napoleão Bonaparte, que esmagou o movimento. Dois anos depois, após uma série de outros levantes, e com a crise econômica ainda debilitando o país, Napoleão assumiu o poder.
Para alguns historiadores, este fato representou o fim da Revolução Francesa. Para outros, a Era Napoleônica marcou o início da expansão dos movimentos revolucionários para o resto da Europa.